A jornada de compra nunca foi tão imprevisível. Em 2025, o funil clássico virou um zigue-zague. O consumidor não pesquisa mais apenas no Google, não confia apenas na opinião de especialistas e não compra necessariamente no site da marca. Hoje, tudo acontece ao mesmo tempo: o cliente vê uma trend no TikTok, corre para o YouTube buscar reviews, recebe um anúncio no Instagram, conversa com um atendente no WhatsApp e só depois, se tudo fizer sentido, decide comprar.
Essa fragmentação não é um problema. Ela é a nova regra. E as marcas que entendem isso saem na frente, porque param de forçar o consumidor a seguir um caminho único e passam a construir presença em múltiplos pontos de contato. Quem ainda planeja o marketing com base em uma jornada linear está, na prática, perdendo espaço.
O estudo "A Realidade do Marketing no Brasil 2025", da HubSpot, mostrou que 89% dos profissionais consideram o Instagram essencial, 58% apontam o TikTok como canal-chave, e 51% estão investindo em YouTube. Além disso, o WhatsApp já é o canal de conversão direta para boa parte do varejo, tanto em vendas quanto no pós-venda. O que isso mostra? Que não se trata mais de escolher um canal ideal, e sim de construir consistência em todos os pontos que importam para o seu público.
A jornada atual é feita de microinterações. O primeiro contato pode ser um meme. A conversão pode vir semanas depois, por indicação de um amigo. No meio disso tudo, estão os pontos que realmente influenciam: reputação, contexto, clareza de proposta e experiência fluida.
Marcas que querem acompanhar essa evolução precisam começar a mapear comportamentos em vez de apenas caminhos. Isso significa olhar para:
Canais de descoberta: onde seu público realmente esbarra em você pela primeira vez?
Fontes de confiança: quem influencia a decisão de compra — creators, especialistas, reviews?
Momentos de decisão: quando a compra acontece? Durante o trajeto? À noite, no sofá? No trabalho?
Meios de conversão: qual canal fecha a venda — WhatsApp, link direto, checkout no app?
Não se trata mais de guiar o consumidor por um funil ideal. Trata-se de estar presente quando ele decide agir.
Por isso, o marketing em 2025 exige mais do que estratégia de mídia. Exige escuta ativa, leitura de contexto e adaptação em tempo real. Quem entende que o novo funil é líquido — e aprende a fluir com ele — conquista mais que cliques: conquista relevância.
Sua marca ainda está tentando conduzir o cliente por um caminho ou já aprendeu a andar junto com ele?