A Black Friday 2025 confirmou o que o mercado já vinha sinalizando: a data deixou de ser apenas sobre liquidação e virou campo de teste estratégico para as marcas que querem crescer com consistência. Mais do que vender, as empresas estão usando o momento para aprender, sobre comportamento, canais, formatos e tecnologias que vão definir o marketing nos próximos meses.

Campanhas ancoradas apenas em preço já não sustentam a atenção do público como antes. Isso porque o consumidor de 2025 está mais seletivo, mais informado e mais exigente com a experiência. É aqui que entram os novos pilares da Black Friday: IA generativa, experiência personalizada, creators de nicho e modelos de recorrência.

Apesar do hype em torno dos modelos de linguagem como GPT, Claude e Gemini, eles ainda operam em um nível superficial das decisões estratégicas. Esses sistemas são excelentes para gerar conteúdo, mas falham ao interpretar causas reais e impactos de mudanças. O futuro das decisões de marketing não está apenas em prever o que pode acontecer, mas em entender o que muda quando se intervém, e isso só é possível com inferência causal, o diferencial real na era da IA generativa.

A geração 60+ representa um público cada vez mais ativo, conectado e exigente, e o marketing tradicional não está mais dando conta de acompanhar. Com poder aquisitivo elevado e desejo por autonomia, esse grupo desafia estereótipos e exige campanhas mais autênticas, inclusivas e alinhadas à realidade da longevidade. Marcas que entenderem o potencial do “poder prateado” sairão na frente nos próximos anos.

A explosão de “especialistas” nas redes sociais criou uma guerra de narrativas que pode impactar diretamente o Marketing e a reputação das marcas. Entre teorias infundadas e influenciadores com alcance real, empresas precisam ficar atentas ao que circula — e como isso pode influenciar consumidores, executivos e até decisões estratégicas. Casos como o da Coca-Cola e da Granado mostram o poder (e o risco) do conteúdo dito “especializado”.