Por: Everton Lopes

Existem diversos filmes e livros que retratam a vida pessoal e profissional de Walt, mas poucos mostram exatamente todas as dificuldades que ele enfrentou para construir seu império.

Nascido numa família pobre, que morava em Missouri, Walt amava desenhar desde pequeno, mas seu pai, Elias Disney, não entendia essa paixão e sempre o repreendia por desenhar nas paredes do estábulo.

Walt cresceu e nunca parou de desenhar, mesmo no período em que trabalhou para a Cruz Vermelha, dirigindo ambulâncias na França. Desenhar era seu verdadeiro talento e ele nunca desistiu.

Logo após ser dispensado de uma companhia cinematográfica, Walt decide abrir sua própria produtora com a ajuda do amigo Ub Iwerks, chamada Laugh-O-Gram, que fazia referência à palavra inglesa telegram (telegrama), mas substituía o início por laugh (rir/risada). A ideia era que as animações fossem divertidas e agradassem ao público.

O filme vai retratando os diversos obstáculos que Disney enfrenta ao longo de sua carreira, como dívidas, o fechamento da Laugh-O-Gram, as idas e vindas da equipe que trabalhava com ele, principalmente por falta de dinheiro para pagamento dos salários e os golpes cometidos por empresários que se aproveitaram da genialidade do produtor.

A situação foi tão crítica que Walt chegou a se alimentar dos restos de uma lixeira para não morrer de fome, com um rato que encontrou e decidiu carregar no bolso da camisa.

É nesse ponto que o filme faz completo sentido para o mundo dos negócios.

Qualquer outro empreendedor que não tivesse nem mesmo dinheiro para comer, teria desistido, encontrado um emprego formal e, no mínimo, adiado seu sonho. Mas Walt Disney não foi um empreendedor comum, então, ele vendeu o que tinha e se mudou para Hollywood, em Los Angeles.

Lá, ele contou com a ajuda do irmão Roy Disney e, novamente, do amigo fiel Ub, e juntos abriram a inicialmente chamada Disney Brothers e, posteriormente, Walt Disney.

Com diversas dificuldades, ele manteve a empresa e só alcançou o sucesso com a criação do seu mais célebre personagem, Mickey Mouse.

O filme retrata a garra do produtor, mas também nos dá algumas dicas valiosas do que fazer e não fazer quando se inicia um novo empreendimento, então vamos a elas:

Escolha bem a sua equipe

Uma das grandes dificuldades encontradas por Walt Disney, foram suas relações com a equipe que trabalhava para ele. Walt enfrentava muitos problemas ao mesmo tempo e acabava demonstrando isso durante o trabalho.

Ele teve sorte de encontrar algumas pessoas fiéis que o ajudaram a manter a empresa e a cabeça, como o Ub, que ficou ao lado dele em todos os momentos até o fim.

Mas nós sabemos que um empreendedor não pode contar com a sorte, então, escolha muito bem as pessoas com quem vai dividir seu sonho para que a carga fique mais leve e divertida, exatamente como diz o ditado: sonho que se sonha junto torna-se realidade.

Economize onde puder

Que Disney era um gênio, não há forma de contestação. Mas somos humanos e também cometemos erros. Um dos maiores defeitos para o empreendedorismo dele era que emprestava dinheiro de diversas pessoas e acabava devendo para todo mundo.

Então essa é a segunda lição do filme: independente de qual seja a área de atuação do seu negócio, entenda minimamente de administração e finanças para que a sua empresa seja sustentável e não termine fechada como a maioria dos novos empreendimentos.

Nunca desista do que almeja

Essa é a lição mais especial da história desse homem.

Mesmo quando você estiver na pior situação, lembre-se que as pessoas mais bem-sucedidas do mundo, já estiveram onde você está e foi o que elas fizeram disso que as tornaram quem são hoje.

Então, da próxima vez que estiver sentado aos pés de uma lixeira dividindo o resto de um sanduíche com um rato, quem sabe você não decida inventar o próximo astro das animações mundiais?