O neuromarketing é um campo do marketing que estuda o comportamento do consumidor por meio do processamento de informações do cérebro. Muitas vezes, por ter relação com o marketing, é entendido como uma estratégia da profissão, mas na verdade é o resultado da mistura de neurociência, psicologia e marketing.

O estudo busca entender os gatilhos que fazem com que o ser humano tenha desejos, impulsos, motivações por determinadas propagandas ou anúncios. Com isso, são criadas estratégias e técnicas eficientes para impactar o público de forma com que o cérebro possa ser estimulado. 

O processo de tomada de decisões não ocorre de forma racional, lógica e consciente. Afinal, o cérebro é dividido em três partes, o reptiliano, o límbico e o neocórtex.

O cérebro reptiliano controla tudo que é necessário para o corpo humano funcionar, como a respiração, os batimentos cardíacos, fome, medo e raiva. O cérebro límbico processa as nossas emoções mais difíceis, reserva o armazenamento de informações e é responsável pelas sensações que envolvem os cinco sentidos. O neocórtex é a parte do cérebro que usamos para tomar decisões. Responsável pelo raciocínio e a socialização.

Os estímulos como propagandas, sons, cheiros ou interação pessoal são ativadas sem que tenhamos consciência, através do sistema reptiliano e o límbico. Quando tomamos decisões, o neocórtex deduz o que foi determinado, parecendo que as escolhas foram lógicas. Conhecendo a funcionalidade do cérebro, é possível, através do neuromarketing, usar as estratégias de marketing para processar a parte emocional do cérebro reptiliano e límbico.

Para aplicar o neuromarketing da melhor forma, é necessário entender que o processo de tomada de decisão para compra ocorre de forma inconsciente. Ou seja, perguntar para alguém se gosta de um produto pode não ter uma resposta verdadeira.

Para praticar o neuromarketing de forma simples, é necessário alcançar algumas recomendações para conquistar o maior número de personas.

A maioria das pessoas prefere conteúdos visuais, ou seja, o uso de imagens funciona melhor que textos. Afinal, para compreender uma imagem é mais fácil se comparar com palavras. Por isso, a mensagem de destaque deve estar presente na imagem, que por sua vez deve ser relacionada com força e persuasão, ou que mostre o conceito do produto.

Além disso, é necessário prestar atenção na forma que os elementos são posicionados nas imagens.  De acordo com um estudo, o rosto de pessoas é um papel fundamental para chamar a atenção dos consumidores, principalmente quando está trocando olhares e sorrindo. Se o lado do rosto está voltado para o texto ou elemento da imagem, a tendência é que a atenção da pessoa seja direcionada para o texto.

O storytelling é uma forma diferente para impactar as pessoas. Ao invés de mostrar o produto e seus benefícios, a técnica mostra que é preciso impactar com a confiança. Criar uma campanha que mostra muito além, muitas vezes sem nem comentar sobre o produto, mas do ideal que ele pretende passar ao consumidor.

Outro fator que envolve o neuromarketing é a psicologia das cores, afinal, para o cérebro, cada cor tem um efeito. Todas as empresas de fast food têm em sua logo a cor amarela, isso porque ela é um tom atrativo, possível de visualizar de longe e que desperta apetite nas pessoas.

O cérebro faz com que julguemos sem ter essa consciência sobre o ambiente ou produto nos primeiros 90 segundos de contato inicial. 62% dessa análise é baseada apenas nas cores. A partir disto, o trabalho de uma empresa que busca vender com neuromarketing é identificar as cores que devem ser utilizadas para causar impacto no público.

A percepção de cor pode variar dependendo da pessoa, por isso, as marcas mesclam as cores. Separamos os principais tons utilizados em campanhas para entendermos o que cada cor pode causar:

• Azul: confiança e segurança;
• Vermelho: emoção e paixão;
• Laranja: sentimento agradável e amigável;
• Verde: tranquilidade e serenidade;
• Roxo: inovação e inteligência;
• Rosa escuro: alegria e jovialidade;
• Rosa claro: romance e delicadeza;
• Preto: luxo;
• Branco: transparência.

Através do neuromarketing foi possível descobrir que as pessoas preferem não perder do que ganhar. Segundo a pesquisa “Você prefere ganhar 100 reais ou não perder 100 reais?”, a maioria das pessoas prefere não perder essa quantidade, mostrando uma repulsa com a perda.

O neuromarketing também influencia no layout do site ou blog. Já descobrimos que as cores fazem toda a diferença, então defina tons que queiram dizer o mesmo que sua marca. A otimização aplicada nas postagens do site pode ajudar a entender o seu público. Colocar as redes sociais como um atalho e facilitar o compartilhamento é um elemento a mais para a interação.

Caso o seu comércio seja sobre a venda de produtos, colocar os preços nas postagens ou deixar em algum lugar de fácil acesso pode melhorar os números de vendas e auxilia o consumidor na definição de fechar a compra ou não. Para incentivar as vendas, é ideal mostrar o preço de cada produto separadamente e a soma dos valores de produtos para a pessoa saber quanto vai ficar o investimento. É necessário fazer com que o consumidor perceba os benefícios em comprar na sua loja, com ofertas que mostram o melhor custo x benefício.

Ganhar a confiança do consumidor é totalmente necessário. É possível construir um relacionamento com bastante confiança para que o público crie reciprocidade. Com isso, mostre porque o cliente deve confiar na sua marca, os benefícios que ele irá receber e todas os serviços oferecidos.