Os smartphones e tablets conseguiram abrir uma nova porta para o e-commerce. Agora, os usuários estão mais confiantes nesses canais e querem aproveitar para fazer compras de qualquer lugar, e a qualquer hora. Esse novo cenário foi tema da Adyen Insights 2014, em São Paulo. A empresa que oferece soluções de pagamentos no mundo todo mostrou dados animadores sobre o comércio eletrônico nos dispositivos móveis.

Em sua pesquisa mais recente a empresa revelou que os pagamentos via mobile (através de celulares e tablets) cresceram 20% no planeta. O Brasil ainda engatinha nesse quesito, mas segundo Roelant Prins, diretor comercial da Adyen, o País deverá alcançar o mesmo patamar de pagamentos mobile da Europa em apenas três anos. “Alguns segmentos, como o de compra de ingressos, devem despontar logo”, comenta.

Para um crescimento do varejo eletrônico por aqui, os principais desafios apontados pelos profissionais de e-commerce estão as taxas e impostos, questões sobre frete grátis e qualidade de entregas de produtos no Brasil, devido à sua dimensão. Para Haroldo Korte, CEO da Atomico, que tem foco em empresas de tecnologia, “os brasileiros são entusiastas no assunto e há espaço para que novas empresas cheguem e ofereçam soluções”. Por outro lado, o CEO da Livraria Cultura, Sergio Herz, fez uma ressalva: “ainda falta ao varejo online brasileiro conhecer melhor o seu consumidor”.

O futuro

O encontro também conseguiu revelar algumas tendências sobre o comércio online. O novo cenário mobile e a evolução das tecnologias de pagamento foram as grandes culpadas pela força que o m-commerce ou mobile commerce tem ganhado. David Whitelaw, CFO da Edgar Dunn & Company, ressaltou a importância do mercado se adaptar a essa nova realidade e destacou que um bom e-commerce, que queira se destacar no mobile, precisa investir em pagamentos com um clique, em se adequar a formas locais de pagamentos e hábitos locais de consumo.

A dica para as varejistas brasileiras é prestar atenção nas tecnologias em destaque no momento, como Big Data e Computação em Nuvem. Olhar para esses pontos é estar preparado para o futuro do comércio eletrônico. “Nós, e-commerces, somos empresas de tecnologia e tudo que está relacionado ao assunto e ainda está em construção no Brasil”, recomendou Haroldo Korte, CEO da Atomico.

Sobre a popularização dos dispositivos móveis e o aumento dos pagamentos móveis, a loja virtual precisa se preparar para estar nesses ambientes e oferecer uma boa experiência de compra. “Agora que a maioria dos comerciantes em todo o mundo estão se engajando com os consumidores através da web móvel, o cenário mudou de ‘será que as pessoas realmente compram bens e serviços pelo celular?’ para ‘o comércio móvel é um canal de vendas vital tanto para comerciantes e e-consumidores, e merece maior atenção’”, concluiu Roelant Prins, da Adyen.

Fonte: Revista W