Provavelmente você já observou a sigla AMP após algumas de suas pesquisas no Google e ficou pensando o que ela significa, certo? Anunciada em outubro de 2015, a sigla AMP significa Accelerated Mobile Pages, ou Páginas Móveis Aceleradas, e faz parte de um projeto desenvolvido pelo Google, em parceria com outras empresas, para melhorar o desempenho de sites em dispositivos móveis.

A iniciativa, que é um código aberto, reduz em até 400 vezes o tempo do carregamento de página e diminui o uso de dados, além de melhorar o ranqueamento no portal de buscas quando a pesquisa é realizada através de dispositivo mobile. Sua estrutura está dividida em três grupos, que são AMP HTML; AMP JS; AMP CDN.

Através destes, a performance da página é otimizada, tendo como foco principal alguns aspectos que são considerados essenciais, como: Carregamento assíncrono, para não atrasar a renderização da página e carregar primeiro o que é mais importante; Restrição de Java Scripts de terceiros, impedindo que o funcionamento principal da página seja prejudicado; Ajustes de tamanho, que faz com que o layout da página seja carregado sem a necessidade de baixar as imagens e/ou outros recursos externos; Carregamento prioritário, que carrega conteúdos secundários por último, e autorização apenas para animações aceleradas por CPU.

Os grandes portais de notícias dos EUA foram os primeiros a utilizarem a tecnologia, como o Washington Post e Gizmodo. Hoje, sites em todo o mundo já se adaptaram e usufruem dos benefícios de ter sua página carregando em uma velocidade mais alta, principalmente sites noticiosos e blogs. Mas, é importante ressaltar que também é possível aplicar a tecnologia em páginas de e-commerce.

Dave Merrel, gerente de produto do Washington Post, confirma o aumento no número de acessos após a página AMP, e ainda aponta que a média de espera de um leitor para abrir a página é de três segundos, se dentro deste tempo o conteúdo não for carregado a página é abandonada.

"Vimos tempos de carregamento com média de 400 milissegundos, uma melhoria de 88% em relação ao nosso site móvel tradicional. Isso tornou os leitores mais propensos a clicar nas notícias do Washington Post, porque sabem que nossos artigos serão carregados com rapidez ", em nota, no site oficial do AMP Project.

Além de proporcionar uma melhor experiência ao usuário, quando lentas, as páginas recebem uma marcação identificando o problema, reforçando a importância de ter um site cada vez mais ágil. A iniciativa, que é open source, permite que qualquer pessoa possa aplicar as configurações em sua página, além de participar do projeto e auxiliar na busca por melhorias.

Para mais informações: https://www.ampproject.org/